Quando queria vê-la, baixava o rosto e fechava os olhos. Nem era preciso muita concentração, a imagem logo viria, em poucos segundos.
Uma tarde leve, clara e as janelas abertas. Tomavam sorvete feito crianças lambuzadas.
Quando queria ouvi-la, tampava os ouvidos com algodões. Nem era preciso passar poucos segundos, o som logo viria.
A noite silenciosa, quente e as janelas abertas. Um feixe de luz sobre os seios e a respiração, ao dormir, suave.
Quando queria tocá-la visitava uma casa escura e silenciosa, ainda que de janelas abertas, deitava sobre a cama clara, recebia a mulher leve, tapava olhos, ouvidos e também o nariz. Usava luvas, feito criança evitando a lambança.
Por poucos segundos, sentia.
Em seguida abria os olhos, desentupia os ouvidos, perdia as luvas e nu, antes de deitar-se só, fechava as janelas.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Stephanie, volte a comentar! Espero que tenha escrito o nome corretamente.
adorei teu blog! mesmo!!! ;)
Postar um comentário